sexta-feira, 22 de outubro de 2010

apertem os cintos... o piloto sumiu!

Continuo com as histórias malucas que se misturam aos meus aprendizados dentro dessa minha nova carreira, “cinema e tv”. Trago notícias dos últimos dias.

Enfim recebi a proposta de começar a atuar na direção de vídeos. Depois do frio na barriga inicial, pensei: “opa, e porque não!?”. Verdade é que entendi que tenho um padrinho profissional e queira ou não isto é muito importante, não só nas áreas ligadas à produção audiovisual, em todas, por isso não posso recuar das possibilidades que surgem.

Pra começar li sobre técnicas, assisti a vídeos referências e mesmo assim o gelo na espinha não passou. Aceitei a proposta e no dia seguinte já existia a primeira missão.

Claro que estamos falando de vídeos institucionais e empresariais, ótimos conteúdos para começarmos a aprender o que é direção. Para minha surpresa as primeiras cenas seriam aéreas, urgh!

Sete da manhã, equipe pronta no campo de decolagem e ao nosso redor dezenas de aeronaves de todos os tipos, formatos, estruturas, algumas parecendo colossos, outras... melhor nem falar. O tempo esfumaçado nos causou certa apreensão. No dia anterior o céu de São Paulo fazia jus a qualquer brigadeiro, mas esse São Pedro resolveu comer antes da hora.

Com neblina ou não teríamos que voar, o cliente estava junto e já tinha escolhido o helicóptero, pra nossa surpresa era aquele vermelhinho de canto, meio lata de sardinha, duas portas abertas e o cass*t*.

Evoquei Xangô e fomos nós pra aventura.

Verdade é que o céu abriu, a luz ficou interessante apesar da névoa no horizonte das 11 da manhã. Voamos até Guarulhos, nosso primeiro destino, fizemos as tomadas da empresa, 500 pés era o máximo que podíamos chegar devido à proximidade com o aeroporto. Depois de vários giros de 360 graus rumamos ao segundo destino: Lapa.

Pendurado nas alturas com o vento engolindo meu cérebro consegui ver lá de cima, nua e crua, a cidade que hoje guarda meus sonhos e meus segredos.

Se a direção foi boa? Conto mais tarde...

sábado, 9 de outubro de 2010

a seguir...

Após alguns episódios da série Bipolar já terem sido exibidos me considero enfim um roteirista, isto é, meu debute finalmente aconteceu.

A pulga que agora montou acampamento atrás da minha orelha veio para especular sobre o rumo de minha carreira. Projetos que começam a se vislumbrar, novas propostas, novas temporadas, enfim, tudo começando a acontecer em doses pequenas. Com sinceridade, estou preparado para isso e sabia que nada ocorreria de um dia para outro. É necessário continuar trabalhando e muito. Pelo menos uma coisa é real, uma certeza que jamais tive nos meus 34 anos de vida: o quê realmente quero fazer quando crescer? Hoje eu sei, e é mesmo escrever, criar, inventar e talvez dirigir. Tenho aspiração de me desenvolver numa área ainda pouco explorada no Brasil, as séries. Elas são meu alvo, rápidas, diretas e na medida certa (30 minutos), pois nos dias de hoje tempo é uma coisa que não encontramos dando sopa em qualquer esquina e perdê-lo na frente da tv é fato cada vez mais raro.

Creio já ter dito aqui que meu interesse em escrever veio mesmo das novelas, principalmente aquelas da segunda metade dos anos 80 e anos 90. Hoje em dia, em minha opinião, as novelas perderam o encanto, não sei se por conta da corrida pela audiência ou coisa do gênero. O que noto são capítulos que duram mais de 70 minutos, um vai e vem da história que, me desculpem os autores, servem a mim como bálsamo para uma soneca.

No entanto após 22 anos resgataram a novela Vale Tudo que voltou a ser exibida num canal a cabo. Eu, como “noveleiro em recesso”, resolvi dar uma olhada e o que aconteceu? Fui fisgado logo de cara! Mais de 20 anos se passaram e os carros, o figurino, os lugares, os 150 mil Cruzados, tudo nos remete a uma época nostálgica, isso sem falar no show cenográfico. Projac naquela época devia ser apenas um projeto no papel.

Bom, voltando ao que interessa, roteiros, foi fácil entender porque gostava das novelas de antigamente e não mais me atento às atuais. Vale Tudo te pega pelo pé, pelo cérebro, pela vontade de ficar na frente da tv. É nítido um jogo de câmera mais elaborado, detalhes que hoje são ofuscados pela qualidade de imagem e cenografia impecáveis. A história vem sendo tecida de forma consistente, com personagens complexos (cada um com seu mundo particular), situações impagáveis, um clímax construído a cada episódio. Em cinco capítulos a filha já roubou a mãe, a mãe já se lascou na cidade grande, a cachaceira mostrou a que veio, os trambiqueiros já cometeram seus planos e o tema principal “vale tudo para se dar bem” já foi mais que implantado dentro de nossa retina saudosa por produções e intrigas que voltem a arrepiar e a despertar na gente a vontade de saber o que vai acontecer no, a seguir cenas do próximo capítulo.

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Roteirista de tv e cinema. Romancista. Idealizador. Produtor. Talvez um ilusionista...