quinta-feira, 27 de maio de 2010

CRIA-AÇÃO

A criação é uma coisa muito louca mesmo. Já li e ouvi vários escritores dissertando sobre seus métodos. Woody Allen, Ignácio de Loyola Brandão, todos, principalmente Ignácio, são daqueles que saem por aí prestando atenção no cotidiano, na existência comum, nas pessoas.

A vida real é a maior inspiração. Eu sou como eles, saio por aí, vou andando sem rumo. Meu lugar preferido é o botequim, vou sozinho mesmo. Já me perguntaram por que gosto de ir ‘eu-comigo’ beber uma geladinha. Claro, adoro sair com amigos, companhia, conversar bastante, mas também adoro passear em surdina, fitar, investigar. Entre 18 e 19 horas é meu horário preferido, fico na varanda, observando o vai e vem de figuras. São Paulo é uma grande caixa de argumentos, é só olhar para o lado e pimba, lá está a nova história.

Já escrevi sobre isso, um dia me encomendaram um ‘curtinha’ o qual batizei de CORPO URBANO. Era sobre um rapaz obcecado pelas conversas alheias. Por onde esbarrava afiava os ouvidos e punha-se a escutar o destino dos outros. Porém, o destino dele não saiu bem à sua vontade.

Não importa os métodos de criação, cada autor tem o seu, o importante é nunca fechar os olhos, não deixar passar despercebida uma história maravilhosa que pode estar bem ali, no próximo gole de cerveja.

(na foto, uma homenagem ao Ignácio L. Brandão.)

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Roteirista de tv e cinema. Romancista. Idealizador. Produtor. Talvez um ilusionista...